A osteoporose é uma doença que causa enfraquecimento no osso por formar verdadeiros poros no seu interior. Quando isto acontece, o osso fica frágil e quebradiço, podendo causar fratura.
No blog tem um artigo inteiramente dedicado ao conceito da doença para você entender o que é osteoporose.
O que muita gente ainda não sabe é que a osteoporose não é tudo “farinha do mesmo saco”. Existem vários tipos de doenças que causam alterações nos ossos e, consequentemente, causam osteoporose.
Para ficar mais claro, imagine duas mulheres: uma com 50 anos e outra com 90 anos. Ambas sofreram uma queda devido ao piso escorregadio. Relatam uma dor muito forte no quadril. E por coincidência, as duas fraturaram o fêmur.
Observando estes casos, podemos considerar que algo de estranho aconteceu com estas duas mulheres.
Não é comum cairmos no chão e quebrarmos o maior osso do nosso corpo. Mas, foi exatamente isto que aconteceu com as duas.
Podemos sugerir que ambas apresentam certo grau de fraqueza nos ossos para sofrerem com esta fratura.
O que não podemos fazer, é considerar os dois casos iguais, mesmo supondo que as duas têm osteoporose e por isso quebraram o fêmur.
E isto é a chave para conseguir um tratamento ideal para cada tipo de paciente.
Quando generalizamos todo mundo que tem osteoporose sem uma visão individualizada, acabamos tratando apenas um conceito de doença e não uma pessoa.
Basicamente, a osteoporose em adultos apresenta-se com dois tipos principais: a osteoporose primária e a osteoporose secundária.
Quais os tipos de osteoporose?
Osteoporose Primária
A osteoporose primária é o tipo mais comum. Ela é marcada por alterações do nosso corpo que acontecem com o envelhecimento natural. O osso é um tecido vivo e como qualquer tecido vivo, com o passar do tempo, diminui seu metabolismo.
Para ficar fácil de entender, assim como a pele se enruga ao longo dos anos por perder colágeno, os ossos tornam-se mais frágeis por perderem cálcio.
A grande diferença é que a alteração óssea é bem profunda e não fica aparente aos nossos olhos.
Mesmo sabendo que a osteoporose primária é relacionada ao envelhecimento, ela não acontece igual para todos os organismos e ainda pode apresentar duas subdivisões.
Osteoporose pós-menopausa
Também conhecida como tipo I da forma primária da osteoporose, ela é encontrada apenas em mulheres, devido à rápida perda óssea que ocorre após a menopausa.
Isto porque é na menopausa que o estrogênio, hormônio feminino, deixa de ser produzido. Ele é um importante protetor e fortalece a estrutura óssea.
Por terem a produção de estrogênio bastante reduzida após a menopausa, a perda óssea nos primeiros dez anos deste período é tão intensa que pode gerar fraqueza nos ossos, osteoporose e fratura.
Osteoporose senil
Este tipo de osteoporose primária é descrito como tipo II.
A perda óssea ocorre lenta e gradativamente com o passar dos anos, tornando-se grave após os 70 anos. Pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres.
Aparentemente, os principais fatores estão relacionados com a diminuição de produção de vitamina D pelo rim e aumento na produção de paratormônio.
Osteoporose pós-menopausa | Osteoporose senil | |
Idade | 50-65 anos | Acima de 70 anos |
Sexo feminino: masculino | 6:1 | 2:1 |
Velocidade da perda óssea | Acelerada | Lenta |
Fraturas frequentes | Coluna e punha | Quadril e coluna |
Causa | Menopausa | Alteração vitamina D e paratormônio |
Osteoporose Secundária
Ocorre quando a osteoporose está associada a outra condição clínica, como distúrbios endócrinos, do intestino, reumatismo, uso de medicações ou até mesmo por câncer.
A osteoporose causada por alterações hormonais geralmente estão relacionadas a alterações da tireóide – como o hipertireoidismo – e das adrenais.
Os distúrbios do intestino gerados pela cirurgia bariátrica ou por doenças inflamatórias intestinais podem ser suficientes para alterar a estrutura óssea.
Medicamentos como vitamina A e heparina podem alterar o metabolismo do osso e também causar fragilidade.
Porém, a forma mais comum de osteoporose secundária é causada pelo uso dos corticoides.
Os corticoides, quando utilizados por muito tempo, diminuem a formação de osso novo e reabsorvem o osso existente no corpo.
O efeito negativo destes medicamentos depende da dose e do tempo de uso.
A maioria dos pacientes que alteram os ossos por usarem corticoides, só conseguem melhorar a densidade óssea após seis meses de correção dos níveis normais do corticoide produzido pelo organismo.
Por isso, o uso de medicamentos à base de corticoides, como prednisona e dexametasona, ou até mesmo corticoides inalatórios, só pode ser feito com prescrição médica.
Para doenças como artrite reumatoide, lúpus e miosite, o benefício do medicamento pode ser maior do que o efeito colateral de fraqueza óssea.
Todos que usam prednisona com dose maior do que 2.5 mg por mais de 3 meses podem desenvolver osteoporose e devem receber acompanhamento médico.
Para prevenir fraturas nestes indivíduos, o American College of Reumathology sugere suplementação de cálcio e vitamina D, tratamento com medicamento para osteoporose, reposição de testosterona em homens com deficiência, exercícios físicos e monitorização anual.
Doenças relacionadas à osteoporose e a importância do diagnóstico correto
Reconhecer as diferentes formas de osteoporose é importante, pois para cada tipo existe um tratamento específico.
De maneira geral, quando existe a osteoporose secundária, uma atenção especial deve ser dada na tentativa de reconhecer e tratar a causa da osteoporose.
Por exemplo, se um paciente apresenta osteoporose por uma disfunção grave na tireóide, o médico deve obrigatoriamente tratar e corrigir a alteração dos hormônios da tireóide.
Caso isto não ocorra, o fator causador da fraqueza óssea continuará agindo e a medicação apenas para o tratamento da osteoporose não será suficiente para evitar a progressão da doença.
Da próxima vez que escutar falar sobre osteoporose, seja mais criterioso. Agora você já sabe quais sãos os tipos de osteoporose, lembre-se que nem todo mundo que tem osteoporose deve ser tratado igual.
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