Quem já viajou de avião sabe que é impossível passar por um detector de metal usando um cinto com fivela de metal ou com uma chave no bolso. O embarque pode ficar muito estressante se você não souber o que está fazendo o aparelho apitar.
A cada nova passagem pela porta a buzina toca, uma luz vermelha acende e uma voz diz sempre no mesmo tom, alto suficiente para que todos da fila olhem para você: “senhor, verifique nos seus bolsos se existe alguma moeda, celular, chave, algum objeto de metal, por favor”.
Uma situação bem desconfortável!
Todos nós sabemos que moedas, chaves e celulares acionam estes aparelhos. Mas e os materiais da ortopedia?
Toda pessoa que apresenta alguma dessas características pode passar por um momento embaraçoso no aeroporto ou na entrada do banco:
- Cirurgia por fratura.
- Prótese.
- Algum tipo de material ortopédico implantado em seu corpo, como placa, parafuso, haste, pino.
Isto ocorre porque os implantes mais comuns, utilizados na ortopedia, incluem materiais como aço inoxidável, ligas de metal (como cromo-cobalto) e titânio.
Todos estes metais podem ser o suficiente para te barrar na porta de um banco ou no aeroporto.
Porém, nem todos eles são detectados. A percepção vai depender do tamanho do implante, da sua composição e da eficiência do equipamento utilizado.
Quanto maior o implante, maiores as chances de apitar.
Imagina a diferença entre um parafuso no dedo do pé e uma haste dentro do osso do fêmur. A quantidade de material presente numa haste de fêmur facilita muito sua detecção.
Outro fato relevante é a sensibilidade dos aparelhos. Em aeroportos, eles são mais eficientes que em bancos. Em vôos internacionais, o rigor na avaliação de objetos de metal é maior do que em vôos domésticos.
Segundo um recente artigo de Akimasa Kimura, 23% das próteses de quadril são detectadas em vôos domésticos, enquanto que 56% em internacionais. Quando o paciente apresenta prótese nos dois quadris, estes números chegam a 75% e 86%, respectivamente.
Aparentemente as próteses de joelho são mais notadas que as de quadril.
E as próteses de cerâmica, com componentes de plástico/polietileno também serão detectadas.
Sabe por quê?
Elas existem em associação com algum tipo de metal ou parafuso, por isso vão ser encontradas por estes aparelhos e também vão apitar.
Prótese de quadril x detectores de metal: como evitar constrangimentos?
Se você tiver uma prótese, placa ou parafusos, no momento em que passar pelo detector de metais existe uma chance de ele ser acionado e toda aquela situação acontecer.
Obviamente não há nada que você possa fazer para mudar esta situação.
Mas qual é a dica para não ser surpreendido? Ou para não ser mal visto na fila de um aeroporto ou banco?
Ao chegar nestes locais lembre-se sempre de informar que você apresenta um implante metálico.
Isto provavelmente não te isentará da triagem. Em vez disso, você será instruído a passar pela máquina de varredura corporal ou pela inspeção manual de um agente.
Para evitar inconvenientes, é importante que você tenha em mãos uma declaração médica ou um cartão de informação que comprove a presença do implante ortopédico.
Como este aqui:
Segundo um estudo de Erden Ali, a grande maioria dos pacientes (84%) que apresentam um cartão de identificação de implante, com a descrição do tipo de material implantado e data de realização da cirurgia, relataram ter maior facilidade para o embarque em aeroportos internacionais.
Esta medida preventiva facilita muito a entrada nestes estabelecimentos e evita a chateação de ver o alarme soar todas as vezes que tentar passar pela porta com detector.